Adolescente brasileiro apresenta dois curtas no TIFF
O projeto TIFF Next Wave Jump Cuts Young Filmmakers Showcase apresenta curta-metragens criados por jovens, e para os jovens. Este incrível evento reúne o melhor trabalho de estudantes de Ontário, do 9º ao 12º ano escolar, destacando sua criatividade, originalidade e visão cinematográfica.
Este ano, o brasileiro Thomas Adshead foi aceito com dois curtas, Day at the Market e Ctrl-P. Nosso colunista de cinema, Leandro Calado, teve a oportunidade de entrevistar Tom:
Leandro Calado – Como foi que você chegou ao TIFF Next Wave Jump Cuts Young Filmmakers Showcase?
Tom Adshead – Minha High School oferece um programa com ênfase em filme. Muitos de meus colegas enviaram seus filmes a este festival. Um deles me incentivou a fazer o mesmo. Foi um processo simples de preencher o formulário no site e enviar. Mais ou menos um mês depois eu recebi um e-mail dizendo que ambos os filmes que eu havia enviado tinham sido aceitos e incluídos no programa.
Leandro – Em Day at the Market, por que o Kensington Market foi escolhido como pano de fundo para o curta?
Tom – Desde quando eu era pequeno, meus pais me levavam ao Kensington Market nos finais de semana. Nós passeávamos pelas ruas cheias de pessoas, entrávamos nas lojas. O Kensington sempre me parecia ser tão colorido e cheio de vida, era essa vibração que eu queria capturar no meu filme. A ideia é que o filme te transporte até lá.

Cena do curta “Day at the Market”, de Tom Adshead.
Leandro – Você vê alguma relação entre o cinema brasileiro e o canadense? Quais as similaridades e diferenças?
Tom – A indústria de filme canadense está profundamente ligada à americana, e como resultado disso os diretores canadenses têm acesso maior a grandes produções. No entanto, os filmes puramente canadenses têm, em geral, orçamento limitado e alcance de público reduzido. Esta talvez seja uma semelhança entre o cinema canadense e o brasileiro. Como resultado, as estórias que eles contam refletem temas mais intimistas, próximos do público. Estes filmes tocam em um nível muito pessoal, que é algo que me interessa muito mais.
Leandro – Quais diretores e títulos te inspiram como cineasta? Alguma produção e diretor brasileiro?
Tom – Me inspira muito o trabalho de diretores como Stanley Kubrick, Paul Thomas Anderson, Yorgos Lanthimos e Andrey Zvyagintsev. Do cinema brasileiro que conheço, gosto muito do trabalho de Walter Salles, Fernando Meirelles (Cidade de Deus) e Kleber Mendonça Filho. E tenho grande curiosidade em explorar o trabalho de Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos.

Cena do curta “Ctrl-P”, de Tom Adshead.
Leandro – Quais seus planos após a experiência de fazer esse curta e participar do TIFF?
Tom – Num futuro próximo, ainda tenho mais dois anos do programa de filme de High School, grades 11 e 12 na ESA. Nesse período, eu espero fazer mais filmes que possam participar de outros festivais. A longo prazo, gostaria de estudar para me tornar diretor de fotografia, que seria o trabalho dos meus sonhos.
Os fimes de Tom vão passar junto com outros 30 curtas. Convidamos a todos a prestigiar o evento, que acontece no sábado, dia 12 de maio, às 6pm.
[Agradecimento especial para Rebecca Silver e TIFF Bell Lightbox]
Parabéns Tomás! Muito orgulhosa de vc!!!
Parabéns Thom Thom! Muito sucesso para o menininho mais lindo desse mundo!!!! Bjos da prima!
Você está de parabéns!Thoras, acredite em seu potencial e lute pelos seus sonhos!
Parabéns também a seus pais que proporcionaram a você condições de se destacar entre os demais! Bjs! Saudades! Shalom!