Editorial da Edição #23
A crença é, antes de tudo, um posicionamento pessoal e social. É uma força que vem do compartilhamento dos valores que você acredita, sejam eles quais forem, e também com os de seu grupo.
Devemos valorizar e cultivar nossas crenças, ser orgulhosos delas, mas também entender que seus limites vão até chegar na crença do outro. E não há problema nisso. Quando encontramos uma fronteira, está ali uma oportunidade para conhecê-la, lidar com ela, aprender com um lado diferente do nosso. A riqueza está justamente nas diferenças que cada grupo pode se deparar.
Quando pedimos por um bom relacionamento, pela ecologia ou pelo orgulho e respeito na sociedade, operamos a crença no poder de transformação do mundo; num mundo muito mais colorido e diverso.
Como se diz, não adianta olhar para trás porque a direção das coisas é sempre para frente. E para aqueles que se acham com autoridade para agir com violência travestida de moral, para quem é saudoso de uma unidade familiar tradicional dos tempos de Antão, olhem a sua volta e decidam se querem ficar para trás ou fazer parte do mundo em que vivemos.
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