O Batman Brasileiro
[Elvis Vive Produções / PR Cinema]
Quatro anos após ser finalizado e iniciar trajetória no circuito underground do cinema brasileiro, o primeiro Batman Fan Film longa-metragem do mundo, feito pelo cineasta Elvis delBagno, ganha espaço na TV e em festivais de cinema. Um Conto de Batman: na Psicose do Ventríloquo foi o primeiro filme longa-metragem da carreira do diretor de 32 anos, um paulistano amante dos filmes de “gênero”.
A obra já rendeu diversos prêmios internacionais a Elvis, como o de Melhor Fotografia, no The Scare-A-Con Film Festival; Melhor Filme de Super-Herói, no PollyGrind Undergroung Film Festival of Las Vegas; e Melhor Filme Estrangeiro, no Indie Gathering International Film Festival, todos nos Estados Unidos. No Brasil, o “filme do Batman” conquistou exibições na TV e na terceira edição do Santos Film Fest.
A obra tem enredo autoral, prioriza os personagens, ao invés de explosões, lutas e efeitos especiais, e mostra uma narrativa mais lenta, por vezes, sem falas. O filme traz uma visão desvinculada das características hollywoodianas tradicionais, mas com produção robusta, fotografia marcante e enredo denso.
Elvis gosta de utilizar o ambiente como um dos protagonistas, pois é ele o responsável pelos males das pessoas, por uni-las ou afastá-las. “Aprecio demais essa peculiaridade, pois é o ambiente que faz você entender sobre o ser humano. Uma pessoa só é o que é devido aos incontáveis fatores e forças que o ambiente exerce sobre ela”, comenta o diretor.
Para Elvis, as crises existenciais se sobrepõem aos problemas externos, e seus roteiros buscam mostrar o porquê daquela pessoa se tornar um vilão e quais motivos a levaram a esta condição. O cineasta preza por filmes do gênero “Fantástico” – com toques surrealistas, de horror ou dramas – que fogem do convencional. “Busco inverter histórias, dar outro fim ao final já conhecido, desestruturar narrativas. Assim, acredito que o filme se torna mais autoral, com características marcantes. Sempre procuro associar o filme a uma discussão política ou social de nosso país. E prefiro o ritmo do cinema clássico”, afirma o fã da obra de Roman Polanski e Luis Bruñuel.
Assista ao filme completo:
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