Canadá: 150 anos de seus primeiros passos como nação
Oláguer Chacón é jornalista especializado em assuntos internacionais
O Canadá se veste de gala para comemorar seus 150 anos por meio de celebrações e atividades em todo o país.
Mas para muitos imigrantes, especialmente aqueles que ainda estão se familiarizando com a história deste país, o número é curioso, especialmente quando temos cidades como Montreal e Toronto, com 375 e 183 anos, respectivamente.
Daí surge a pergunta: O que estamos comemorando, afinal?
Em 2017 celebra-se o 150º aniversário da Confederação do Canadá, ou seja, o processo de união (numa unidade política) das colônias britânicas na América do Norte. Estas colônias foram, inicialmente, Ontário, Quebec, Nova Escócia e Nova Brunswick. E assim, em 1867, começou o processo de consolidação do Canadá para se tornar uma nação independente.
A esta nova Confederação deu-se o nome de “Domínio do Canadá”. Mais tarde, tomaram parte deste “Domínio” as províncias de Manitoba e os Territórios do Noroeste (1870), Colúmbia Britânica (1871), Prince Edward Island (1873), seguidos de Yukon (1898), Saskatchewan e Alberta (1905), Terra Nova e Labrador (1949), e Nunavut (1999).
Não se pode confundir a Confederação do Canadá como a independência do país, pois o Domínio do Canadá, embora tivesse um autogoverno, permaneceu sob o controle do Reino Unido entre o anos de 1867 a 1931. Foi a partir do Estatuto de Westminster que o Canadá, assim como os outros domínios, adquiriram o status de igualdade política com a Grã-Bretanha.
É importante saber, para entender melhor a data, que ao contrário dos processos de independência do resto da América (com exceção do Brasil), onde a independência foi forjada através da luta dos libertadores, com a ruptura abrupta com o país mãe, o processo canadense tem sido gradual e harmonioso.
A Confederação é considerada o ponto de partida para a independência do Canadá, e por isso 2017 é um ano de grandes comemorações para o povo canadense.
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